quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Domingo também é dia de ir à biblioteca


Uma ótima notícia para nossos finais de semana. Desde o dia 11 de novembro, o acervo e as atividades da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (BPEB), localizada no bairro dos Barris, passaram a ser oferecidos também aos domingos.

Segundo a diretora da instituição, Ivana Lins ( foto abaixo), essa idéia não é nova, era um desejo antigo ter a biblioteca aberta como um equipamento cultural público, que atendesse a comunidade diariamente.

“O que impedia que essa biblioteca ficasse aberta era justamente a viabilização de custos, porque no domingo ela não tem o mesmo custo de funcionamento dos dias normais da semana”, informa Ivana. Foi realizado um estudo que viabilizou a abertura, mesmo com limitações de funcionários e espaços.


A BPEB conta com 88 funcionários ativos. Aos domingos estão funcionando os setores de empréstimo, referência, estudo, infantil, braille e o setor de periódicos e revistas, no primeiro andar.

Domingos culturais

Segundo Ivana Lins, não basta apenas abrir aos domingos. “A gente pensou muito em como tornar a biblioteca amigável, um espaço de convivência. É isso o que a gente entende que é uma biblioteca pública”, enfatiza.


O espaço público de leitura, além de ser um lugar de pesquisa, tem de ser um ambiente de convivência, um local onde as pessoas encontrem também outros suportes, outras linguagens. Nesse contexto, entra a proposta dos domingos culturais.



Os domingos na biblioteca vão além da leitura. Há uma programação especial para a família, com oficinas, recitais de poesia, palestras, teatro, contação de histórias e apresentações musicais.

Freqüentadores opinam

A atendente Mônica Silva, 26, diz que ainda não sabia que a biblioteca estava aberta aos domingos. Para ela falta divulgação. “É muito interessante porque vai dar oportunidade para pessoas que como eu não podem frequentar durante a semana para ler jornais ou fazer pesquisas”.

O estudante Lucas dos Santos Resende, 24, concorda com Mônica. “Eu acho que amplia a possibilidade de pesquisa. Domingo é o dia em que as pessoas não estão trabalhando, é o tempo que as pessoas têm disponível para fazer suas pesquisas”

Investimento

Segundo Ivana Lins, o Ministério da Cultura (Minc) anunciou um investimento de R$ 3 milhões que serão utilizados na modernização da BPEB. O projeto contemplará reforma, infraestrutura, acessibilidade a usuários portadores de necessidades especiais, aquisição de publicações, acervo e equipamentos de informática e de audiovisual.

Ivana informa que além desses investimentos em infra-estrutura, a Fundação Pedro Calmon, que administra a biblioteca, ganhará três micro-ônibus. Dois deles serão adaptados para carros-biblioteca e um para transporte de crianças e idosos para as bibliotecas, priorizando o público de creches, escolas, asilos e associações comunitárias.


Imagens da biblioteca: acervo Fund. Pedro Calmon
Imagem diretora da Bpep: por Sara Gomes

Boca do Rio tem bibliotecas comunitárias


Uma pequena placa identifica o lugar. Quando adentramos o espaço, uma casa localizada à rua Tenente Gustavo dos Santos, 38, no bairro da Boca do Rio, o que observamos são mais de 2 mil livros, alguns embalados em caixas de papelão espalhadas pelo chão, outros tantos acomodados em uma estante vermelha.

Essa é a situação das bibliotecas comunitárias Betty Coelho e Prometeu Itinerante. A falta de patrocínio e de políticas públicas específicas impediu a comunidade de ter acesso aos livros do acervo durante oito meses, tempo em que o espaço ficou fechado.


De acordo com o poeta Douglas de Almeida, um dos coordenadores das duas bibliotecas, a batalha que perdura até hoje parece não ter fim. “Nós não podíamos ficar parados, pois temos os livros e as demandas, por isso preferimos reabrir aqui. Estamos funcionando nesse local desde abril deste ano”, afirma.

A capital baiana possui atualmente seis bibliotecas públicas, sendo que cinco são do Estado e uma da Prefeitura. Kilma Alves, coordenadora das bibliotecas públicas de Salvador, afirma que a falta de espaços culturais como os da Betty Coelho e da Prometeu Itinerante contribuem para que os soteropolitanos leiam cada vez menos. “Realmente, é muito complicado, já que Salvador carece de bibliotecas”, diz.

Histórico

Fundada em 1994, a biblioteca Prometeu Itinerante tem livros para jovens e adultos. Dez anos depois, com o objetivo de suprir a demanda do bairro, surgiu a Betty Coelho, um espaço voltado para o público infantil.

De acordo com Douglas (foto abaixo), as bibliotecas comunitárias têm como propósito preencher as lacunas que as bibliotecas públicas deixam abertas. “A função da Betty e da Prometeu é possibilitar o acesso aos livros. É papel do Estado cuidar dos aparelhos deles e apoiar as bibliotecas que já existem”, opina.

Segundo ele, a crise financeira que interrompeu as atividades teve início depois do vencimento de um contrato firmado entre a Petrobras e as bibliotecas. “Depois que o contrato terminou, pedimos a renovação e eles levaram seis meses para responder que não iriam renovar”, conta.

Para Douglas, é preciso que o governo do Estado apoie as iniciativas e manifestações culturais nascidas do povo. O esforço para manter o espaço funcionando e a preocupação com os leitores, principalmente os infanto-juvenis, são constantes.

Incentivo

“Nós fazemos contação de histórias, recitais de poesias. Geralmente a recepção é a melhor possível, pois é uma forma de incentivar a leitura. Não é só contar a história, existe uma metodologia por trás disso”, Jeane Sanches (foto ao lado), uma das fundadoras e responsável pela Betty Coelho.

Esta biblioteca recebeu o prêmio Ponto de Leitura Machado de Assis, do Ministério da Cultura (Minc). Os Pontos de Leitura são iniciativas e projetos de incentivo à leitura em diversos locais, como bibliotecas comunitárias, hospitais, sindicatos, presídios, associações comunitárias, entre outros. A Betty Coelho recebeu R$ 20 mil em acervo de 650 livros, computador, mobiliário e pufes.

Leia mais
   
     Fotos: Sara Gomes


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Bibliotecas no centro de Salvador



No centro de Salvador, o leitor apaixonado pode encontrar três grandes espaços para leitura. O Gabinete Português de Leitura proporciona uma viagem pela cultura lusitana. No Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, além da belíssima arquiterura colonial, o pesquisador pode encontrar obras de arte raras, livros e fotos antigas. Já a Biblioteca Pública dos Barris, muito frequentada pelas estudantes, possui um acervo de livros e jornais antigos, além de uma sala com livros em braille e um espaço para a literatura infantil. Vale a pena conferir! Depois deixe a sua opinião aqui a respeito dos espaços.


Visualizar Bibliotecas no centro de Salvador em um mapa maior

Seguidores